Não dá pra esquecer – longa doc em pós produção
NÃO DÁ PRA ESQUECER
Janete Magnago - crédito da foto: Everton Oliveira
8/21/20242 min read


O filme de longa-metragem “Não dá pra esquecer”, em fase de finalização, tem como objeto de reflexão memória e direitos humanos e parte da necessidade de compreender os acontecimentos recentes. Contrapondo passado e presente quando emergem das sombras grupos extremistas clamando pela volta do regime militar, promovendo torturadores, propagando homofobia, racismo e misoginia, num combate explícito contra tudo o que representa a luta pelos direitos humanos. Histórias de catarinenses cujos crimes de assassinato e ocultação de cadáver praticados durante a ditadura militar, são narradas por familiares e personalidades que buscam na memória elementos para a formação de uma consciência crítica.
Estruturado em três atos – “memória do esquecimento”, “a geração que queria mudar o mundo” e “vozes diversas”, o filme ultrapassa as fronteiras do estado para ouvir intelectuais e ativistas dos diversos movimentos sociais que relatam o cotidiano de lutas pela salvaguarda de seus direitos.
“Não dá pra esquecer”, contemplado no Prêmio Catarinense de Cinema, Edição Especial Lei Paulo Gustavo/ 2023, tem direção de Fabi Penna e Cesar Cavalcanti, roteiro de Janete Magnago, em coprodução da Penna Filho Produções e Grão Filmes.
Grupos clamando pela volta do regime militar, promovendo torturadores, propagando homofobia, racismo e machismo, num combate explícito contra tudo o que representa a luta pelos direitos humanos. Movidos pela necessidade de compreender por que fomos parar aqui, revisitaremos os anos de chumbo, um tempo em que os direitos civis foram confiscados pelo estado totalitário, cujas práticas de violações dos direitos humanos nunca foram punidas. Percorremos a trajetória de sofrimentos, lutas e expectativas dos familiares que procuram ao longo dos anos informações e reparações sobre os mortos e desaparecidos durante o regime militar, instaurado no Brasil em 1964. Contaremos histórias de catarinenses cujos crimes de assassinato e ocultação de cadáver, foram reconhecidos como de responsabilidade do estado brasileiro. Buscaremos estabelecer uma rede que extrapola a fronteira do estado, a partir da trajetória dos personagens e suas conexões com os vários movimentos e organizações de combate à ditadura. Passado e presente confrontados, quando, uma onda conservadora conectada a acontecimentos que ocorrem em vários países, incluindo aspirações neofascistas, capturam mentes em meio à revolução dos padrões de comportamento e comunicação promovidos pelas tecnologias digitais. Diante desta absurda realidade, perplexos, ouviremos intelectuais e ativistas dos diversos grupos sociais que, desde o período totalitário, passando pelo período de redemocratização, travam lutas por seus direitos civis e sociais.